Foto: Ney Douglas / Novo Jornal
Uma das principais razões que preocupam a Latam quanto à possibilidade de instalar em Natal o hub – centro de conexões de voos de cargas e passageiros – do Nordeste, são os acessos ao Aeroporto Aluízio Alves. Passado mais de um ano desde a inauguração do terminal, eles permanecem inconclusos. Apesar disso, o governo do Rio Grande do Norte incluiu a entrega dos acessos, (prevista para o fim deste ano), entre os 15 motivos para o grupo de companhias se instalar no estado.
Outros dois pontos relacionados à acessibilidade e logística de transporte, apresentados pelo governo, são as linhas férreas e terminais marítimos potiguares. Existe uma articulação entre governo, prefeituras e Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU) para construir a “linha roxa”, em que Veículos Leves sobre Trilhos (VLT) farão transporte de passageiros de Natal ao aeroporto e vice-versa. Já os portos de Natal e Areia Branca, responsáveis pelo escoamento de produção do RN e estados vizinhos foram exaltados pelo governo, que também citou a construção de um terceiro porto.
As informações apresentadas à Latam visam atrair ao RN, o investimento de R$ 4,8 bilhões que deve gerar mais de 10 mil empregos. Concorrem com Natal e São Gonçalo do Amarante, as vizinhas Fortaleza (CE) e Recife (PE). Desde o início desta semana, o NOVO Jornal publica uma série de reportagem sobre todos os motivos apresentados pelo governo à empresa.
A conclusão dos acessos viários norte e sul foi colocada como condição pela TAM. O governo prometeu concluir o primeiro, pela BR-406, até dezembro deste ano e o segundo até o fim de 2016. De acordo com o governo, na apresentação à Latam, as obras custarão, ao todo, R$ 100 milhões. No acesso norte, falta a conclusão da laje do viaduto, bem como a cobertura asfáltica dele e de suas alças, segundo a atualização mais recente do Departamento de Estradas e Rodagens (DER), responsável pela execução. Ainda serão executadas a duplicação de um trecho de 3,5 quilômetros (de um total de 6) e a restauração dos seis quilômetros das pistas que hoje já estão em uso. Percentualmente, o viaduto está mais de 60% pronto, enquanto o acesso norte, em geral, 40%.
No início do mês, o governo estimou em R$ 67,9 milhões que seriam usados para a conclusão das obras. Enquanto não consegue liberação de recursos da União, o governo já pagou R$ 21,5 milhões nos serviços dos dois acessos, com dinheiro do Orçamento Geral do Estado (OGE). A ideia é que esse valor seja ressarcido através do pagamento dos programas Pró-investe (Banco do Brasil) e Pró-transporte (Caixa), que devem ser liberados, segundo informou o secretário de Planejamento, Gustavo Nogueira, dentro de até dois meses. A Caixa já tem R$ 57,3 milhões para serem liberados, mas precisa de uma contrapartida de R$ 12,9 milhões. “Independente do cronograma de liberação desses convênios, o Estado está adiantando a obra. Temos um plano B. A obra está veloz. E acho que o que prometi, vamos antecipar. Acredito que somos favoritos (ao hub), mas se o RN perder não foi por negligência”, disse o governador Robinson Faria. O diretor do DER, general Jorge Fraxe, ratificou a possibilidade de consiga terminar os serviços antes do prazo. Até dezembro de 2016 vamos concluir o acesso sul.
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