Uma doença benigna, porém ainda desconhecida, tem chamado atenção na saúde pública do Rio Grande do Norte. Apesar de recorrente nas unidades de saúde desde outubro de 2014, somente no dia 22 deste mês começou a ser catalogada de forma ordenada para estudo. Os sintomas do problema notificado como “síndrome exantemática a esclarecer”, se confundiam com dengue e febre chikungunya, além de sarampo e rubéola.
Os primeiros números de pessoas contagiadas só devem ser divulgados ao completar um mês de investigação, mas a Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap) fala que encontrou casos em 61 municípíos. A doença “misteriosa”, já notificada em outros estados, como Pernambuco e Paraíba, causa manchas vermelhas pelo corpo, chamadas exantemas, algumas vezes associadas a coceira, inchaço e dores nas articulações e pode apresentar febre baixa. A Sesap considera a hipótese de se tratar do Parvovírus B19, que também provoca vermelhidão na pele. Mas os 23 testes já realizados foram negativos.
De acordo com a subcoordenadora de vigilância epidemiológica da Sesap, Stella Leal, a amostragem ainda é pequena para descartar a doença, que já tem atingido estado vizinho, a Paraíba. Entretanto, acredita-se que, ao contrário do vírus, a síndrome não seja transmitida pelo contato direto, mas por vetor – possivelmente o Aedes aegypt, assim como a dengue e a chikungunya. Stella acredita também em outras possibilidades. “Pode ser um doença importada e que foi introduzida em nosso território”, supõe.
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