Joana Lima
O peru e o chester deverão chegar à mesa do consumidor com aumento de 10% em relação ao mesmo período do ano passado
De acordo com o economista e consultor financeiro Janduir Nóbrega, as razões passam pela alta do dólar, questões climáticas, entressafra de alguns produtos e encarecimento do óleo diesel, o que também eleva o preço do transporte de carga e, consequentemente, dos valores de produção.
Impulsos
Economista e diretor comercial da Rede Mais, Eugênio Medeiros confirma. “Observamos que os reajustes da indústria nos produtos sazonais em relação ao ano passado tem índices dentro dos parâmetros da inflação desse período (de 6% a 10%). Em relação aos meses anteriores, não há grandes mudanças, exceto no caso de produtos que estão sofrendo dificuldade na oferta, devido a questões climáticas, como é o caso dos derivados de leite (creme de leite, leite condensado). Mas as negociações estão em curso no sentido de evitar grandes reajustes de preço”, disse.
O presidente da Associação de Supermercados do Rio Grande do Norte (Assurn) discorda das pequenas taxas. Para ele, alguns produtos chegam a ficar 20% mais caros. “Tivemos reajuste de energia e de vários outros elementos que compõem influenciam no frete, além de alguns insumos”. (Ver infográfico na página 3.)
O Nordestão garante que os preços de hoje estão idênticos aos de 2013 nessa mesma época do ano e que até o Natal não sofrerão reajuste. Isso porque a mercadoria foi comprada com antecedência. “Nem todo mundo teve a ousadia de estocar ou realizar o que chamamos de pedidos programados”, disse o diretor-presidente Manoel Etelvino, ao explicar também que na indústria a variação de preços será pequena, já que a demanda caiu. Apesar disso, espera aumentar suas vendas. O motivo é o investimento em infraestrutura das lojas, além de treinamento para os colaboradores.
Consumidor /O cardápio, a pesquisa e o supermercado
“Já estou com as receitas separadas e com a lista de compras feita. Gosto de comprar com antecedência. Não ando pesquisando muito, porque já sei onde tem os produtos que preciso. Vou fazer carpaccio, filé,... Está tudo programado”.
Paula Pinto Maia/dentista
“Não cozinho na noite de Natal. A família é muito grande e costumo comprar tudo pronto para poupar tempo e trabalho. Tomamos sucos e vinho. Já andei olhando as garrafas, mas ainda não comprei.”
Aurismar Cristina Xavier/professora
“Lá em casa já somos programados. No Natal o que acrescentamos nas compras é um queijo do reino, vinho, panetone, chester. Esse tipo de produto. Não tenho tempo pra pesquisar. Onde chego, compro. Isso a uns dez dias da data.”
Ginaldo Barbosa Calado/ comerciante
“Não comprei nada ainda. Como os produtos para o Natal são mais caros, faço pesquisa de preços. Peru e espumante não podem faltar. Também gosto daquele mix de frutas secas com amendoim, damasco e outros.”
Livramento Maciel/ dona de casa
“Vou começar a comprar os ingredientes no início de dezembro. Quando os preços estão mais altos eu chego a substituir uma coisa por outra. Levo aquilo que estiver mais barato. O que não pode faltar é o peru, frutas e o principal: a família.”
Aurinete Soares/autônoma
“Não estou pesquisando preços. Somos só eu e a mulher lá em casa. Fazemos uma ceia mais ou menos completa, mas pequena. Com certeza teremos frutas, chester ou frango assado e uma garrafa de vinho pra ela, porque não bebo”.
Ailton Barreto/ técnico em edificações
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