Análise feita pela Empresa de Pesquisa Agropecuária do Rio Grande do Norte (Emparn), enviada à imprensa por volta do meio-dia desta segunda-feira (23), prevê que as chuvas que caem em Natal desde o início da madrugada deverão continuar ocorrendo pelo menos durante as próximas 12 horas.
Segundo a Gerência de Meteorologia do órgão, as águas mais quentes do que o normal no oceano Atlântico, próximo do litoral Leste do Nordeste – associadas à presença de sistemas de instabilidades de origem oceânica – estão favorecendo a formação de chuvas de forte intensidade sobre a faixa litorânea potiguar. “Esses tipos de sistemas meteorológicos têm esse comportamento, de produzir chuvas fortes durante as primeiras oito horas de atuação, com deslocamento para o interior, apresentando assim, enfraquecimento do sistema”, explica o meteorologista Gilmar Bristot.
Ainda de acordo com a Emparn, na análise das imagens de satélite, observa-se que sobre o oceano Atlântico, na latitude de Natal, existe outra formação de instabilidade de origem oceânica com deslocamento em direção ao continente, com previsão de atingir o Leste nordestino nas próximas 48 horas. “A imagem do radar do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Ambientais (Cemaden) mostra o sistema atuando sobre as regiões Leste e Agreste dos estados do Rio Grande do Norte e Paraíba”, acrescentou.
Novo deslizamento
A chuva que começou a cair em Natal, ainda nesta madrugada, fez a terra ceder mais uma vez e um novo deslizamento foi registrado no bairro de Mãe Luíza, um dos mais afetados pelos temporais que assolaram a capital potiguar nos útimos dias 13 e 14. Segundo a Defesa Civil do município, pelo menos três carros foram parcialmente soterrados na Avenida Governador Sílvio Pedroza, na praia de Areia Preta, para onde a enxurrada de areia e destroços escorreu.
Além disso, uma casa desmoronou na Rua Atalaia, que fica próxima à cratera aberta na Rua Guanabara. A residência que desabou é uma das 80 moradias interditadas pelo Corpo de Bombeiros na região. Até o momento, não há registro de feridos.
Os deslizamentos de terra em Mãe Luíza vêm ocorrendo com frequência nestes últimos dias. Com este último, é a terceira vez que veículos são atingidos pela lama que desce pelos barrancos. Entre as ruas Guanabara e Atalaia, vários imóveis já foram destruídos, e dezenas de famílias tiveram que deixar suas casas.
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