Adriano AbreuCalçadas da João Pessoa continuam tomadas por ambulantes
Segundo a Secretaria Municipal de Serviços Urbanos (Semsur), os 65 pontos fixos dos ambulantes, distribuídos em quatro avenidas, devem estar em funcionamento até o dia 30. O reordenamento começou no ano passado, quando a prefeitura passou a cadastrar os ambulantes e a delimitar seus pontos nas avenidas João Pessoa, Princesa Isabel, Coronel Cascudo e Vaz Gondim.
A previsão, em novembro, era de que todo o processo fosse concluído em dois meses. Foram licenciados 65 trabalhadores com pontos fixos e 55 volantes, identificados com coletes amarelos e azuis, respectivamente. Os que não conseguiram uma vaga durante o cadastramento foram impedidos de trabalhar na região.
Porém, até o momento, os pontos ainda não foram entregues, e os ambulantes permanecem nas calçadas, de onde deveriam ter saído. Segundo a secretária adjunta da Semsur, Fátima Lima, o Ministério Público recomendou que as calçadas sejam desobstruídas. Na Rio Branco, isso é um problema por falta de espaço para locar pontos fixos. “Os ambulantes teriam que ficar na rua, mas isso foi descartado pelo MP e pela Semob [Secretaria de Mobilidade Urbana], porque lá passa ônibus e isso causaria perigo”, explica Fátima Lima.
Foi por este motivo que o município destinou espaços nas avenidas próximas à Rio Branco para receber os pontos fixos dos comerciantes cadastrados. Entretanto, a Semsur ainda aguarda as bancas e falta fazer instalação de guardas-corpo para a segurança dos trabalhadores. “O guarda-corpo está sendo pintado e deve ser colocado ali na João Pessoa na próxima semana”, afirmou a adjunta. Quanto às bancas, ela afirma que algumas ainda não foram numeradas, mas estão praticamente prontas. Estes equipamentos foram conseguidos através de uma parceria público-privada com uma empresa de telefonia celular. A marca vai distribuir seu logotipo nas bancas, junto com o brasão da Prefeitura, em contrapartida pela aquisição delas. Tudo deverá estar instalado e em funcionamento até o dia 30, segundo Fátima Lima.
Com o reordenamento, a Semsur proibiu a utilização de carrinhos de churrasco e sanduíches, bem como de outros alimentos que usam fogo. “Mesmo depois que a fiscalização vai embora, às 16h, é proibido”, afirmou a secretária. Mas, ontem, na esquina da Rio Branco com a General Osório, Gorete Moura, 43, e outros comerciantes, esperavam a hora para poderem se instalar nos pontos “deles”, na Rio Branco.
“Está ruim, porque antes a gente ficava o dia todo. Eu vendia 150 espetos por dia. Agora, sai 70, 80. Tem dia que sobra muito”, revela. E bastou o relógio marcas as 16h, vários carrinhos como o dela, começaram a chegar na avenida. Não havia mais fiscalização. Segundo a Semsur, as equipes de fiscalização se dividem entre os turnos matutino e vespertino. São oito fiscais, aptos a autuar, além de 33 auxiliares concursados e 16 terceirizados, e serão bem mais rigorosas a partir do dia 30, quando os pontos fixos forem instalados.
Fonte: TN
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